Um dos líderes da greve da Polícia Militar ocorrida
em fevereiro na Bahia foi libertado do Batalhão de Choque de Lauro de Freitas
Lauro de Freitas, cidade vizinha à Salvador, na noite de quinta-feira (26/04),
em Ilhéus, depois de cerca de um mês. Ele, que é lotado na cidade de Ilhéus, na
região sul do estado, e um dos membros da Aspra (Associação de Policiais e
Bombeiros do Estado da Bahia), deixou a prisão administrativa por volta das
19h.
Segundo o advogado do grevista, Valmimiro Eutimio,
o cliente agora responde em liberdade o processo de deserção, impetrado por ele
não ter ido ao trabalho depois que a greve foi encerrada. "A Lei Militar diz que, em 30
dias, não se apresentando, é desertor, mas ele estava sob atestado médico.
Agora ele vai voltar ao serviço com o processo rodando", afirma.
Ainda não há previsão de quando ocorrerá o julgamento do caso.
A Secretaria da Aspra avalia que a prisão do PM foi
arbitrária porque ele estava com atestado médico e não poderia trabalhar. Está
marcada uma carreata às 16h horas, na cidade de Ilhéus, para comemorar a
libertação do policial.
A greve da PM durou 12 dias e mobilizou efetivos de
diversas cidades do estado. No período, os PMs ficaram acampados na sede da
Assembleia Legislativa, desocupada após intervenção da tropa do Exército
Brasileiro.
Alguns policiais foram soltos no dia 27 de março. Já o líder do
movimento, que estava preso em cadeia comum, foi libertado pela Justiça na o dia 23 de abril.
Prisco e o policial Antônio Angelim deixaram a Assembleia presos. Ambos saíram
pelos fundos da instituição, evitando o contato com a imprensa. No dia 29 de
março, a Vara da Auditoria Militar na Bahia anulou o ato administrativo que resultou
na expulsão, em 2002, um dos pontos de protesto da greve.
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