sexta-feira, 27 de abril de 2012

Líder da greve da PM em Ilhéus é solto de prisão


Um dos líderes da greve da Polícia Militar ocorrida em fevereiro na Bahia foi libertado do Batalhão de Choque de Lauro de Freitas Lauro de Freitas, cidade vizinha à Salvador, na noite de quinta-feira (26/04), em Ilhéus, depois de cerca de um mês. Ele, que é lotado na cidade de Ilhéus, na região sul do estado, e um dos membros da Aspra (Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia), deixou a prisão administrativa por volta das 19h.

Segundo o advogado do grevista, Valmimiro Eutimio, o cliente agora responde em liberdade o processo de deserção, impetrado por ele não ter ido ao trabalho depois que a greve foi encerrada. "A Lei Militar diz que, em 30 dias, não se apresentando, é desertor, mas ele estava sob atestado médico. Agora ele vai voltar ao serviço com o processo rodando", afirma.  Ainda não há previsão de quando ocorrerá o julgamento do caso.

A Secretaria da Aspra avalia que a prisão do PM foi arbitrária porque ele estava com atestado médico e não poderia trabalhar. Está marcada uma carreata às 16h horas, na cidade de Ilhéus, para comemorar a libertação do policial.

A greve da PM durou 12 dias e mobilizou efetivos de diversas cidades do estado. No período, os PMs ficaram acampados na sede da Assembleia Legislativa, desocupada após intervenção da tropa do Exército Brasileiro.

Alguns policiais foram soltos no dia 27 de março. Já o líder do movimento, que estava preso em cadeia comum, foi libertado pela Justiça na o dia 23 de abril. Prisco e o policial Antônio Angelim deixaram a Assembleia presos. Ambos saíram pelos fundos da instituição, evitando o contato com a imprensa. No dia 29 de março, a Vara da Auditoria Militar na Bahia anulou o ato administrativo que resultou na expulsão, em 2002, um dos pontos de protesto da greve.

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