Polícia Federal 
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O vereador e candidato 
Wellington Andrade (PSDB) foi ouvido e liberado na delegacia da Polícia 
Federal de Feira de Santana, na manhã desta sexta-feira (30), após ser 
conduzido coercitivamente por agentes do órgão sob a suspeita de 
participar de compra de votos no município, para as eleições do próximo 
domingo, dia 2 de outubro. 
Após prestar depoimento, o vereador 
Wellington Andrade informou em entrevista que os policiais revistaram o 
apartamento onde ele mora com a esposa, em busca de documentos e 
indícios que caracterizassem o crime eleitoral.
“Eu fui abordado hoje, procurado pela 
Polícia Federal na minha residência, às 6h, que estava à procura de 
documentos ou de comportamentos que caracterizassem compra de votos, 
boca de urna e etc. Mas eu tive boa vontade junto com minha esposa e 
deixamos o apartamento livre para que eles vasculhassem. Fizeram uma 
varredura e lá nada encontraram que caracterizasse a prática criminosa 
da compra de votos”, afirmou o candidato do PSDB.

O vereador esclareceu em entrevista ao Acorda Cidade ainda sobre suspeita de compra de votos e uma suposta negociação financeira envolvendo o pastor Pedro.
“Um item que a polícia está dando mais 
importância é que pastor Pedro, que também é candidato, me apresenta uma
 liderança que deixa de caminhar com ele e vem caminhar comigo. A 
polícia imaginou que houve uma negociação financeira. O que houve foi 
que essa liderança tem divergência religiosa com o pastor. Os dois são 
amigos, mas religiosamente divergem, e como pastor Pedro tem respeito 
pela nossa candidatura e pelo nosso mandato, nos procurou para 
encaminhar essa liderança. Essa liderança entendeu que me ajudando 
estava atendendo a um pedido de pastor Pedro e ela está conosco hoje nos
 ajudando. Nada mais do que isso e ficou comprovado. Fomos ouvidos 
separadamente, sem nenhuma combinação, e foi uníssono nesta questão”, 
justificou Wellington Andrade sobre a acusação.

O promotor Audo Rodrigues falou sobre a importância de a população denunciar crimes eleitorais como esses. Ele afirmou que a lei existe para todos e aqueles que praticarem tais atos serão punidos. “A gente está aqui para cumprir o nosso papel e levar a Justiça à punição de todos os envolvidos. Os responsáveis que serão punidos não são apenas os candidatos, mas todos aqueles que estiverem envolvidos em condutas criminais também serão punidos nos rigores da lei”.
Ele informou que o Ministério Público 
vai aguardar a conclusão do procedimento de investigação, que demanda a 
transcrição de áudios e coleta de provas de relação. “Isso será 
formalmente encaminhado ao Ministério Público Eleitoral, que deflagrará 
as ações, que serão provavelmente de natureza criminal com pedido de 
prisão a depender dos crimes cometidos, e num segundo momento as ações 
de natureza cível, que demandam a cassação do registro ou diploma se 
eles forem eleitos, e também a inegibilidade dos oito anos seguintes”, 
afirmou o promotor.
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