quinta-feira, 13 de março de 2014

Júri de homem que pôs agulhas em enteado deve durar até a madrugada

Pode durar até a madrugada desta quinta-feira (13/03) o julgamento do homem que confessou ter colocado 31 agulhas no corpo do enteado, em Ibotirama, na região oeste da Bahia. O crime aconteceu no ano de 2009.

Roberto Carlos Magalhães chegou algemado ao Fórum Professor Nestor Duarte, em Ibotirama, por volta das 8h30 desta quinta. Ao longo do dia, serão ouvidas nove testemunhas, além do próprio réu. Ele é julgado por um júri popular  e responde por tentativa de homicídio triplamente qualificado.

Na época do crime, Roberto Carlos Magalhães afirmou que a ação foi feita como parte de um ritual de magia negra com objetivo de se vingar da mãe da vítima. O caso foi descoberto em dezembro de 2009, quando a criança fez um exame de raio-x para descobrir a origem de dores misteriosas.

O menino atualmente tem sete anos e continua morando em Ibotirama com a mãe e os irmãos.

Raio-X

As imagens da radiografia mostraram os objetos metálicos no tórax, no abdômen, no pescoço e até nas pernas da criança.

O menino tinha dois anos e oito meses quando foi alvo da ação. Ele foi socorrido para o Hospital de Barreiras e transferido para o Hospital Ana Nery, em Salvador, onde foram retiradas 22 das 31 agulhas. Duas estavam no coração e mais duas no pulmão. A  alta médica foi autorizada após mais de um mês internado. Ao total, foram três cirurgias.


Roberto Carlos Magalhães chegou a fugir da prisão no fim de 2010, mas foi  recapturado dias depois da ação na casa de parentes. De acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), que fez a denúncia do caso, ele disse que teve a ajuda de duas mulheres - uma delas a suposta amante -, que foram liberadas pela Justiça por falta de provas. A amante foi presa e beneficiada com a liberdade provisória.

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