Pode durar até a madrugada desta
quinta-feira (13/03) o julgamento do
homem que confessou ter colocado 31
agulhas no corpo do enteado, em Ibotirama, na região oeste da
Bahia. O crime aconteceu no ano de 2009.
Roberto Carlos Magalhães chegou algemado
ao Fórum Professor Nestor Duarte, em Ibotirama, por volta das 8h30 desta
quinta. Ao longo do dia, serão ouvidas nove testemunhas, além do próprio réu.
Ele é julgado por um júri popular e
responde por tentativa de homicídio triplamente qualificado.
Na época do crime, Roberto Carlos
Magalhães afirmou que a ação foi feita como parte de um ritual de magia negra
com objetivo de se vingar da mãe da vítima. O caso foi descoberto em dezembro
de 2009, quando a criança fez um exame de raio-x para descobrir a origem de
dores misteriosas.
O menino atualmente tem sete anos e continua morando
em Ibotirama com a mãe e os irmãos.
Raio-X
As imagens da radiografia mostraram os objetos metálicos no tórax, no abdômen, no pescoço e até nas pernas da criança.
O menino tinha dois anos e oito
meses quando foi alvo da ação. Ele foi socorrido para o Hospital de Barreiras e
transferido para o Hospital Ana Nery, em Salvador, onde foram retiradas 22 das
31 agulhas. Duas estavam no coração e mais duas no pulmão. A alta médica foi autorizada após mais
de um mês internado. Ao total, foram três cirurgias.
Roberto Carlos Magalhães chegou a
fugir da prisão no fim de 2010, mas foi
recapturado dias depois da ação na casa de parentes. De acordo com o
Ministério Público da Bahia (MP-BA), que fez a denúncia do caso, ele disse que
teve a ajuda de duas mulheres - uma delas a suposta amante -, que foram liberadas
pela Justiça por falta de provas. A amante foi presa e beneficiada com a
liberdade provisória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário