Cerca de 400 pessoas de Tapiramutá, cidade
localizada na região da Chapada Diamantina, na Bahia, invadiram a delegacia do
município na noite desta segunda-feira (14). De acordo com a polícia, os
moradores abriram uma das celas, retiraram um dos presos, o levaram para fora
da unidade policial e o espancaram até a morte.
Depois, o grupo ainda ateou fogo no rapaz, que
tinha 21 anos. Outros dois presos que estavam na mesma cela fugiram, informou a
polícia. Apenas o carcereiro e um vigilante estavam a unidade e não conseguiram
conter o grupo que invadiu o local.
Segundo a polícia, o homem morto em frente à
delegacia era suspeito de um latrocínio ocorrido na madrugada de domingo (13),
em Tapiramutá. De acordo com a polícia, o preso invadiu a casa de um idoso de
80 anos, que morava sozinho, roubou objetos do imóvel e depois matou a vítima a
pauladas. O suspeito foi preso logo após a ação. A polícia informou que o homem
era conhecido por praticar furtos na cidade e que já havia sido preso duas
vezes pelo mesmo crime.
Lucas Pio de Jesus, vulgo Lunguinha, de
23 anos, tinha sido preso na madrugada de domingo (13), acusado de matar o
deficiente visual Flávio Mendes Queiroz, de 82 anos.
O aposentado foi morto brutalmente por Lunguinha e outro comparsa,
que teriam assassinado a vítima para roubar um rádio portátil. Para fazer
justiça com as próprias mãos, populares destruíram as grades da cela, retiram o
preso, e depois o espancaram, inclusive aplicando golpes de facão e machado.
Para completar o linchamento, atearam fogo no corpo de Lunguinha, que morreu
carbonizado.
O idoso morto pelo suspeito no domingo foi
enterrado na tarde desta segunda-feira. Segundo a polícia, as pessoas que
invadiram a delegacia saíram do sepultamento da vítima revoltadas e foram até a
unidade. Por volta das 20h30, o corpo do preso morto continuava na rua. Cerca
de 500 pessoas já se aglomeravam no local, segundo a polícia. A Polícia Técnica
de Jacobina, cidade proxima a Tapiramutá, foi acionada e deve fazer a retirada
do corpo do local.
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