quinta-feira, 3 de maio de 2012

Dois contadores são presos pela Onça Preta por aplicar golpes na Receita


A Operação "Onça Preta" desencadeada pela Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal resultou na prisão de dois contadores, na manhã desta quinta-feira (03/05). Os responsáveis pela operação, não divulgaram os nomes dos presos, ambos prestavam serviços a três prefeituras de cidades do sudoeste baiano. As prisões aconteceram em Salvador e Feira de Santana.

Também foram cumpridos dois mandados de condução coercitiva e cinco de busca e apreensão, sendo quatro nas cidades do interior baiano, Jequié e Feira de Santana, e um em Fortaleza (CE).

De acordo com a PF, a operação tem o objetivo de desarticular quadrilha acusada de fraudar declarações do Imposto Sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF). A Receita Federal calcula um prejuízo de mais de R$5 milhões aos cofres públicos com o esquema.

Esquema – De acordo com o delegado da Receita Federal, Manoel Coutinho, os contadores eram responsaves pela contratação pessoas em Feira de Santana e Jequié para participar do esquema e faziam a declaração do IRPF delas como se elas prestassem serviço as três prefeituras do sudoeste da Bahia. Com isso, esses beneficiários recebiam restituições indevidas no valor de R$ 2 mil a 11 mil. 

Os responsáveis pela empresa inseriam dados falsos de funcionários-fantasmas para aumentar o valor restituído pela Receita Federal. Uma coletiva foi realizada no final da manhã de hoje na sede da Delegacia da Receita Federal em Feira de Santana para falar sobre o assunto.

Devido ao montante resttituido às pessoas envolvidas no golpe, a Receita Federal desconfiou da fraude porque a maioria desses beneficiários vivem em bairros periféricos e não tinha um padrão de vida que justificasse os ganhos. Em Feira de Santana, um dos envolvidos no esquema mora no Bairro George Americo. 

Diante da suspeita, foi iniciada investigação no ano passado. Cerca de 75 beneficiários foram localizados inicialmente em Feira de Santana e confessaram que participavam do esquema. Eles disseram que recebiam entre 10% e 15% da restituição indevida, o restante ficava com os contadores.

Os integrantes da quadrilha devem responder por falsidade de documento público, uso de documento falso, crimes contra a ordem tributária e estelionato. A Receita Federal do Brasil estima que a fraude tenha causado prejuízo total de mais de cinco milhões de reais aos cofres públicos.

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