terça-feira, 19 de julho de 2016

Ação da PF resulta em 23 suspeitos presos por aplicar golpes que superam R$ 10 mi

Ação da PF
 Após a ação da Polícia Federal denominada “Operação Ali Babá" resultou na prisão de 23 suspeitos de integrar uma organização criminosa que aplicava golpes na Caixa Econômica Federal e outras instituições financeiras na Bahia. Ação começou por volta das seis horas da manhã desta terça-feira (19/07).

Na ação foram utilizados cerca de 140 policiais, que cumpriram 25 mandados de prisão – sendo 10 preventivas e 15 temporárias –, 28 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva nas cidades de Salvador, Feira de Santana, Seabra, Palmeiras, Monte Santo, Presidente Tancredo Neves e Remanso, todas na Bahia.
 
Segundo apurado durante as investigações, a organização criminosa operava desde 2006, e sua principal forma de atuação era através da constituição de empresas inidôneas, em nome de “laranjas”, com as quais eram obtidos empréstimos vultosos junto a diversas agências bancárias, de vários bancos. Após recebidos, os créditos jamais eram restituídos. O esquema também contava com pessoas especializadas no fornecimento de documentos falsos, que viabilizavam a constituição das empresas e a obtenção dos empréstimos fraudulentos.
Até o presente momento foram identificadas 19 empresas envolvidas no esquema, mas suspeita-se que esse número seja muito maior. Só no ano de 2013, foram constatados prejuízos superiores a dez milhões de reais. Todos os envolvidos deverão responder por organização criminosa e estelionato, previstos, respectivamente, nos artigos 2º da Lei 12.850/2013 e 171 do Código Penal.
 
Segundo informações prestadas pelo delegado da PF Wal Goulart, que comanda a operação, foi constatado prejuízo de R$ 10,5 milhões causado pelo grupo aos bancos só em 2013, mas o valor pode ser maior, porque a organização continuou em atuação.
 
"O único prejuízo computado é de R$ 10,5 milhões. Agora, com a coleta de provas, vamos descobrir novos sócios. Cerca de mil empresas foram criadas por esse grupo", afirma.
Ainda segundo o delegado, além da Caixa Econômica Federal, também foram constatados prejuízos nos bancos Itaú, Santander, Bradesco e Banco do Brasil.
 
Entre os presos pela PF, estão sócios "laranjas" e dois que atuavam como contadores do grupo. Todos deverão responder por organização criminosa e estelionato, crimes previstos, respectivamente, nos artigos 2º da Lei 12.850/2013 e 171 do Código Penal. Segundo o delegado, a polícia ainda investiga a participação de outras pessoas que produziram documentos falsos para viabilizar o golpe.
 
Duas pessoas que foram alvos de mandados de prisão não foram encontrados e, se não se apresentarem à PF nesta terça, serão considerados foragidos. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia.

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