Documentos,
computadores e disco-rígidos foram apreendidos nas sedes de duas produtoras
baianas para uma investigação do
Ministério Público sobre um esquema de fraudes em licitações para contratações
de bandas por prefeituras no Rio Grande do Norte. Os equipementos
foram apreendidos nos escritórios da LevaNóiz Produções e da Rafa Produções
Musicais. Batizada de "Máscara Negra", a operação cumpriu cinco
mandados de busca e apreensão na Bahia: quatro deles em Salvador e um outro no
município de Serrinha, a 173 km da capital.
"Algumas
empresas estavam fazendo shows no Rio Grande do Norte cobrando valores
exorbitantes, muito diferentes dos shows cobrados a particulares. E esses
valores que eram pagos, bem maiores pelas prefeituras do Rio Grande do Norte,
efetivamente se tornam um desperdício do dinheiro público", disse à TV
Bahia o promotor do Ministério Público na Bahia Ariomar Figueiredo.
A
direção da Rafa Produções informou que os contratos foram feitos por meio de
empresa terceirizada. A outra empresa citada disse que a banda LevaNóiz fez um
show na cidade de Guamaré (RN) e que o contrato foi feito diretamente com a
prefeitura, cumprindo o que determina a lei.
O
MP-BA está auxiliando cumprindo os mandados na Bahia para ajudar a
investigação, que acontece no Rio Grande do Norte, onde 13 pessoas foram
presas. Um 14º mandado de prisão será executado em São Paulo.
Segundo
o MP-RN, foram desviados mais de R$ 3 milhões em contratos fraudulentos de
shows, estrutura de palco, trios e decoração de eventos entre 2008 e 2012 em
Guamaré e Macau. O desvio de verbas públicas investigadas ultrapassa R$ 1,1
bilhão.
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