A família de Flávia Anay de Lima, de 16 anos, que caiu na madrugada deste domingo (31/07) do 15º andar do prédio onde morava com o namorado, o jogador da Portuguesa Rafael Silva, de 20 anos afirmou nesta terça-feira (02/08) que descarta a hipótese de suicídio. “Ela jamais faria uma coisa dessas”, disse a mãe dela, Luara Adriana de Lima, de 38 anos.
Os pais da adolescente concederam uma entrevista nesta tarde para falar sobre a morte de Flávia e o relacionamento dela com o jogador da Portuguesa Rafael, que é natural da cidade de Feira de Santana, na Bahia.
A morte aconteceu na madrugada de domingo, em um prédio na Rua Lutécia, Vila Carrão, na Zona Leste de São Paulo. O caso será investigado pela Seccional Leste como morte suspeita. Inicialmente, o registro foi feito como suicídio em uma delegacia da região. “Vamos investigar como morte suspeita para que não pairem dúvidas”, disse a delegada seccional Elisabete Sato.
Os pais disseram descartar totalmente que a filha tenha se suicidado. “Ela era bonita, inteligente, jovem, tinha planos e uma família que a amava e apoiava”, disse a mãe. A versão de suicídio foi apresentada à polícia pelo jogador. Ele disse que a jovem ficou descontrolada durante uma briga e se atirou pela sacada. Os desentendimentos começaram, ainda de acordo com o jogador, porque Flávia havia ido buscar o atleta em um bar onde ele estava bebendo, perto do apartamento.
Como havia uma cadeira perto da varanda, o caso foi registrado como suicídio no 10º Distrito Policial na Penha, Zona Leste, e depois encaminhado para o 31º DP, na Vila Carrão, na mesma região. A polícia já pediu a perícia do apartamento. Foram encontradas manchas de sangue no imóvel e o jogador disse que o ferimento era dele e foi provocado por uma caixa de som que o atingiu. Pela versão do atleta, a adolescente atirou objetos nele durante a briga.
O G1 procurou a assessoria da Portuguesa e foi informada que nem o clube nem o jogador irão se manifestar até a conclusão das investigações. A Portuguesa disse que Silva recebe atendimento jurídico e psicológico do clube.
O advogado Giuseppe Fagotti, que representa o atleta, disse que depois da morte da adolescente o clube prorrogou a licença médica de Rafael Silva, afastado por causa de uma cirurgia de descolamento de retina. O advogado afirmou ainda que, mesmo abalado, o jogador colabora com as investigações.
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Os pais de Flávia contaram que os dois se conheceram quando a menina tinha 13 anos, em uma feirinha na Praia Grande, no litoral de São Paulo. Eles passaram a conversar pela internet, se encontraram algumas vezes e, em setembro do ano passado, a mãe disse que o jogador viajou até o município para os dois morarem juntos em São Paulo.
“Ele simplesmente veio para buscá-la. Nem tchau ela me deu”, recordou Luara. “Quando começou tudo isso, eles queriam casar de imediato. Eles combinaram de fugir juntos. Ela era uma criança que quis crescer antes do tempo”, completou o pai, o empreiteiro Francisco Carlos Lima, de 42 anos. Eles disseram que, apesar disso, apoiaram a jovem e, inclusive, compraram móveis para o casal.
“Ele simplesmente veio para buscá-la. Nem tchau ela me deu”, recordou Luara. “Quando começou tudo isso, eles queriam casar de imediato. Eles combinaram de fugir juntos. Ela era uma criança que quis crescer antes do tempo”, completou o pai, o empreiteiro Francisco Carlos Lima, de 42 anos. Eles disseram que, apesar disso, apoiaram a jovem e, inclusive, compraram móveis para o casal.
Os dois afirmam que o relacionamento da filha era conturbado e que o atleta costumava beber. Luara relatou que, no dia 16 de julho, estava em São Paulo e Flávia começou a ligar seguidamente para seu celular. Quando a jovem contou que estava brigando com o jogador, a mãe decidiu chamar a polícia. Ela disse que os policiais conduziram o jogador e a jovem para o 10º Distrito Policial, mas a adolescente preferiu não registrar o boletim. “Ela não quis fazer o corpo de delito, nada”, contou a mãe.
Ao retornar ao apartamento, Luara disse que o imóvel estava revirado, havia marcas de socos e chutes em uma parede e uma garrafa quebrada no chão. “Eu perguntei se ela queria continuar vivendo assim e a levei embora para casa”, contou a mãe. Na mesma semana, a jovem voltou a conversar com o jogador. “Ela disse que eles tinham decidido que não iam morar mais juntos, só namorar. Eu não aceitei isso e, na quarta-feira, ele a veio buscar na casa dos meus pais”, lembrou.
Ao retornar ao apartamento, Luara disse que o imóvel estava revirado, havia marcas de socos e chutes em uma parede e uma garrafa quebrada no chão. “Eu perguntei se ela queria continuar vivendo assim e a levei embora para casa”, contou a mãe. Na mesma semana, a jovem voltou a conversar com o jogador. “Ela disse que eles tinham decidido que não iam morar mais juntos, só namorar. Eu não aceitei isso e, na quarta-feira, ele a veio buscar na casa dos meus pais”, lembrou.
Os pais disseram que a jovem chegou com marcas roxas em casa algumas vezes, mas nunca relatou agressões. O empreiteiro disse que a filha não contou por medo da reação. Questionado se a jovem se encantou pelo fato de o namorado ser jogador de futebol, o pai negou. “Eu não acho, porque vida confortável em casa ela tinha. Ela nem conheceu ele como jogador de futebol. Eu acho que ela se apaixonou demais, porque dinheiro o cara não tem. Quando apertava, ela corria para a gente.”
A mãe falou que a filha era “uma pessoa maravilhosa”. “Ontem eu enterrei a minha filha e hoje quem está morta sou eu”, disse. Os pais contrataram o advogado Ademar Gomes para acompanhar as investigações do caso. Ele disse que irá solicitar à polícia a reconstituição da morte, para tirar todas as dúvidas sobre o que aconteceu.
A mãe falou que a filha era “uma pessoa maravilhosa”. “Ontem eu enterrei a minha filha e hoje quem está morta sou eu”, disse. Os pais contrataram o advogado Ademar Gomes para acompanhar as investigações do caso. Ele disse que irá solicitar à polícia a reconstituição da morte, para tirar todas as dúvidas sobre o que aconteceu.
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