Exames de DNA e de Antropologia Forense, realizados pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), confirmaram ser da engenheira ambiental Marleide de Oliveira Junqueira a ossada encontrada, no dia 29 de julho, em um matagal em Bom Despacho, na Ilha de Itaparica, pelo delegado Adailton Adam, titular da 11ª Delegacia Territorial (DT).
Antônio Luís de Jesus, acusado do desaparecimento de Marleide e já indiciado em inquérito policial pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e aborto, segue recolhido na Unidade Especial Disciplinar (UED), no Complexo Penitenciário de Mata Escura.
Os laudos do DNA – obtido através do material genético das células ósseas, comparado ao das células sangüíneas da mãe de Marleide, Sebastiana Dias de Oliveira – e do exame de Antropologia Forense, que comparou a arcada dentária da ossada encontrada no matagal com a do prontuário odontológico da engenheira, foram apresentados à imprensa, na tarde desta quarta-feira (10), no auditório da sede da Polícia Civil, na Praça da Piedade.
A diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), delegada Heloísa Brito, o perito criminal Alexsandro Santana, diretor do Laboratório Central de Polícia Técnica (LCPT), a perita criminal Tânia Gesteira, coordenadora de Genética Forense, o delegado Adailton Adan, titular da 11ª DT, e o médico Bruno Gil, vice-diretor do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR), participaram da coletiva.
Inquérito
Presidido pelo delegado Adaílton Adan e concluído em 17 de novembro do ano passado, o inquérito policial, encaminhado ao Ministério Público, traz, em suas 300 páginas, depoimentos de mais de 20 testemunhas, entre parentes da engenheira Marleide Junqueira – que saiu de casa, em Sussuarana, no dia 21 de agosto do ano passado, para se encontrar com o namorado e, desde então, não mais foi vista – e ex-mulheres de Antônio Luís, todas vítimas de agressões por parte do ex-companheiro. Constam ainda do inquérito o indiciamento do namorado de Marleide e o pedido de prisão preventiva, concedido pela Justiça.
“Elaborados pelo DPT, os laudos atestam a materialidade do crime”, afirmou o titular da 11ª DT, que vai encaminhar à Justiça um relatório complementar sobre o homicídio, com os resultados dos exames de DNA e de Antropologia Forense, além de outras provas agora coletadas. A identidade da testemunha, que levou a polícia até a ossada da engenheira em Itaparica, vem sendo mantida em sigilo. Sob ameaça, o rapaz teria ajudado o homicida a transportar três caixas, com pedaços do corpo da vítima, até o matagal.
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