Uma garota de 14 anos
foi agredida e torturada por quatro adolescentes em Trindade, município da
Região Metropolitana de Goiânia. De acordo com o site "G1", o caso
aconteceu na última quinta-feira (29) e as suspeitas, que possuem entre 13 e 16
anos, confessaram o crime depois de apreendidas.
“Elas me chamaram até a casa delas e, chegando lá, elas
começaram a me bater, me amarraram, me mostraram onde eu iria ser enterrada.
Nisso, me deram uma facada e me colocaram na cova. Quando elas iam me dar a
última facada eu consegui fugir”, contou a vítima em entrevista à TV
Anhanguera, afiliada da Rede Globo.
Ela conta que foi ao local porque foi chamada por uma das
agressoras para uma conversa.
A vítima acredita que a motivação do crime tenha sido
"inveja e ciúmes". A inveja seria porque ela faria uma festa de 15
anos e o ciúmes porque ela tinha chamado o ex-namorado de uma das agressoras
para ajudá-la. Após um descuido do grupo, que saiu para lavar as mãos, a
adolescente conseguiu fugir e recebeu atendimento médico em um hospital da
cidade. "Eu pensei que ia morrer", desabafa a jovem.
A adolescente prestou
queixa e a Polícia Militar realizou rondas na região, até que encontrou as
suspeitas. Parte do grupo foi apreendida na tarde de sexta-feira (30) e o
restante foi localizado e apreendido na noite de sábado (1º). Conforme a
delegada Renata Vieira, responsável pelo caso, as adolescentes foram apreendidas
em período eleitoral por causa da gravidade do caso.
Objetivo era matar
A agressão sofrida pela adolescente foi filmada por uma das autoras do crime e toda a sessão de tortura durou cerca de 4 horas. As envolvidas no caso se conheciam da escola.
A agressão sofrida pela adolescente foi filmada por uma das autoras do crime e toda a sessão de tortura durou cerca de 4 horas. As envolvidas no caso se conheciam da escola.
"Todo mundo aqui estava com raiva dela. Porque ela não
gosta da gente por causa desse negócio de namoradinho. No nosso pensamento,
íamos bater nela, ela ia morrer e nós íamos enterrar ela. Só que ai não deu
certo porque nós somos a frouxa sabe. Nós não damos conta de começar o serviço
e terminar", disse uma das agressoras à TV Globo.
As suspeitas estão em uma cela isolada da Delegacia
Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) e aguardam uma vaga em algum
Centro de Internação, onde ficarão por pelo menos de 45 dias até uma decisão da
Justiça sobre se devem ou não permanecer presas. Elas serão indiciadas pelo ato
infracional análogo aos crimes de tortura e tentativa de homicídio.
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