O inquérito do caso em que
uma mulher de 44 anos acusou quatro jogadores do Vitória de estupro foi
concluído na última quarta-feira (09/10). Na manhã desta quinta (10) a delegada
responsável pelo caso, Márcia Marcondes, concedeu entrevista coletiva e
comentou que os investigadores do caso concluíram que nenhum tipo de violência
foi praticada contra a mulher.
De
acordo com Marcondes, a hipótese de que os atletas praticaram o estupro está
descartada. Depoimentos de funcionários do Hotel Bourbon, onde a mulher disse
ter sido violentada, e imagens das câmeras de segurança do local comprovaram
que a suposta vítima registrou check out sem denunciar ou mencionar nenhuma
ocorrência. Cerca de meia hora depois, ela voltou acompanhada de um homem
alegando o estupro, o que causou estranheza.
Exames
comprovam sexo, mas sem violência
O
Instituto Médico Legal (IML) divulgou os laudos do exame de corpo de delito
feito na mulher. Um dos médicos atesta que foi encontrada uma proteína liberada
por homens antes da ejaculação na vagina da mulher, mas isso não comprova
estupro. “Isso quer dizer que ela praticou sexo, mas a proteína PSA pode ser
registrada até 72 horas depois do ato sexual. Ou seja, não se pode comprovar
que ela praticou ato sexual naquela madrugada ou se foi antes”, explicou Márcia
Marcondes. Além disso, outros exames mostraram que a mulher não sofreu nenhum
tipo de violência física.
Punições
A delegada explicou ainda o que pode acontecer com os envolvidos na falsa acusação. Segundo Marcondes, tanto a mulher, que acusou os jogadores, quanto o homem que a acompanhou até o hotel alegando ter visto a "vítima" desesperada podem responder por falsa comunicação de crime. “Ele alegou no depoimento ter visto uma lesão corporal nela, mas os exames mostram que não havia lesão nenhuma. Queremos buscar qual era o objetivo dele, mas, no mínimo, há um falso testemunho”, explicou a delegada.
Caso
continua sob investigação
O
caso continuará sendo investigado pela Polícia Civil do Paraná. Segundo os
investigadores, o caso será acompanhado para identificar se a denunciante e o
homem que a "socorreu" teriam agido de má-fé. “Caso se comprove algo
que leve a se pensar em alguma vantagem, ela poder até responder por um
crime mais pesado, que é extorsão”, disse.
Além
disso, Marcondes explicou que a vítima "optou por renunciar ao direito de
abrir uma ação penal contra os jogadores do Vitória, alegando que isso poderia
atrapalhar a sua vida profissional". Tudo isso porque, segundo a delegada,
a mulher alegou ser gestora de futebol quando prestou depoimento na delegacia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário