Os três policiais civis acusados
de espancar e matar um detento dentro da Delegacia de Porto Seguro, no Extremo
Sul da Bahia, podem pegar até 30 anos de prisão. Eles também vão responder a um
processo administrativo disciplinar, além do processo criminal, segundo a
corregedora da Polícia Civil, delegada Iracema de Jesus.
Otávio Garcia Gomes, 43 anos, Robertson Lino da Costa, 44, e Joaquim Pinto
Neto, 42, já estão presos. O filho de Robertson, o estudante de Direito Murilo
Bouson de Souza Costa, 22, também foi preso ontem pelo mesmo crime. Os três
policiais se apresentaram na sede da Corregedoria da Polícia Civil, em
Salvador, no final da noite de quinta-feira.
Dois deles estão em estágio probatório, período em que são avaliados antes de
ganhar estabilidade no cargo público. Robertson tem dez meses de polícia e
Joaquim completou dois anos em junho. Além de policial, Robertson tem
envolvimento com política e preside o Partido da República (PR) em Madre de
Deus, na Região Metropolitana de Salvador.
“É um crime grave contra alguém que já estava sob nossa custódia. É uma conduta
passível de demissão. Provavelmente serão excluídos pela gravidade da conduta”,
disse a corregedora. “A punição administrativa é independente da penal. Todos
os quatro vão responder por homicídio qualificado. Podem pegar até 30 anos de
prisão”, complementou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário