Em 2008, a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180, responsável por atender mulheres que sofreram agressões e ameaças, registrou 269,9 mil solicitações. Em comparação a 2007, o crescimento foi de 32%.
Na Bahia, foram registrados 127,5 atendimentos para cada 50 mil mulheres, totalizando 17.782 mil ocorrências, o que coloca a Bahia na 11º posição. A população feminina baiana corresponde à 6.975.000.
De acordo com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, responsável pela Central de Atendimento, 'a maior divulgação da Lei Maria da Penha contribuiu para o aumento das denúncias. A busca por informações sobre a Lei Maria da Penha, sozinha, registrou, em 2008, 117.546 mil atendimentos contra 47.975, em 2007'.
Desse total, 6.499 telefonemas foram para relatar ameaças de morte ou agressão. Outras 13.785 ligações foram para contar agressões leves, graves ou gravíssimas. A maior parte das mulheres que relatou as agressões por telefone (64,9%) disse que é agredida diariamente. Cerca de 16% revelaram sofrer alguma agressão semanalmente.
O Distrito Federal foi o que mais entrou em contato com a Central, com 351,9 atendimentos para cada 50 mil mulheres. Em segundo lugar, está São Paulo (220,8) e Goiás em terceiro (162,8).
Perfil das usuárias.
A maior parte das mulheres que entrou em contato com o Ligue 180 é negra (39,2%), tem entre 20 e 40 anos (53,2%), é casada (24,8%) e cursou parte ou todo o ensino fundamental (33,3%).
Em relação a tipologia do atendimento, 52,1% são pedidos de informação, 9,1% relatos de violência, 0,7% ligaram para reclamar das políticas de assistência à mulher, 37,8% solicitaram informações sobre serviço, por fim, o elogio totalizou 0,2% e sugestão 0,1%.
Em relação à faixa etária, 28%, são mulheres de 20 a 30 anos e 25%, de 30 a 40 anos. Já no que se refere o estado civil, 24,8% são casadas e 23, 85% tem união estável. 91,9% reside na zona urbana contra 4,8% da zona rural.
Posta por Jorge Magalhães
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