Campo
Grande, Piedade, Nazaré, Av. Joana Angélica, Barris, Garcia, Centenário... A
tensão e o confronto tomaram conta do centro da cidade e das imediações da
Arena Fonte Nova ontem, no segundo dia de protestos na cidade e primeiro com
grande mobilização popular - exatamente por conta da estreia baiana como sede
da Copa das Confederações.
Era
para ser um dia de união em torno de questões comuns, palavras de ordem e
anseios patrióticos por uma cidade melhor. Segundo as autoridades, cerca
de 20 mil manifestantes atenderam aos chamados e foram às ruas. Da
concentração no Campo Grande o grupo rumou, no início da tarde, num clima de
paz, empunhando cartazes e tentando alcançar a Arena através de dois caminhos:
um grupo seguiu pela Av. Joana Angélia e o outro pelos Barris. Nos dois
trajetos, a situação acabou saindo do controle e se transformou em
confronto aberto entre alguns manifestantes e a polícia.
No
final da noite, o clima de tensão e violência continuou em vários pontos.
Passava das 21h, quando manifestantes bloquearam a Avenida ACM, na região do
Iguatemi, e a PM soltou bombas para dispersar a multidão. Informações iniciais
davam conta que duas foram pessoas presas, mas só hoje a polícia deve divulgar
o balanço das ocorrências. Também hoje, às 10h, o governador Jacques Wagner -
que acompanhou o jogo da Nigéria e Uruguai -dará uma entrevista coletiva
para falar dos fatos de ontem.
De
um lado, balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio, spray de pimenta;
do outro, pedras , pedaços de madeira e estilhaços de vidro; no meio,
encurralado, quem só queria se manifestar pacificamente. No rastro de violência
e destruição, três ônibus foram incendiados, dois micro-ônibus da Fifa e um da
polícia apedrejados, três viaturas da polícia civil apedrejadas e uma da
Transalvador incendiada.
No início da manifestação, no Campo Grande, manifestantes juntos em clima de paz e bandeiras comuns
Vândalos
incendiaram lixeiras, destruiram pontos de ônibus, banheiros
químicos, uma loja e agências bancárias. Cenas de correria, pessoas passando
mal e feridas podiam ser vistas por toda parte.
Nos balanços preliminares, três policiais e muitos civis ficaram feridos. O jovem Leandro Fraga Magalhães, 24 anos, foi baleado no braço, quando ia em direção aos Barris. Leandro, que deu entrada no Hospital Geral do Estado, não estava na manifestação, mas o local onde estava, em frente à sede da SET, foi invadido por manifestantes que tentavam se proteger. De acordo com funcionários do HGE, apenas cinco pessoas deram entrada no hospital por causa das manifestações, mas eles não revelaram em que estado se encontravam.
Já o 5º Centro, nos Barris, viveu momentos de pânico. Quando o protesto chegou nas proximidades do local, os policiais dispararam bombas de gás lacrimogêneo e os pacientes que estavam na ala de internação tiveram que ser retirados às pressas para os quartos. Funcionários que não quiseram confirmaram que dez pessoas foram atendidas com falta de ar, intoxicação, ardência nos olhos e nariz, além de um caso de desmaio.
Nos balanços preliminares, três policiais e muitos civis ficaram feridos. O jovem Leandro Fraga Magalhães, 24 anos, foi baleado no braço, quando ia em direção aos Barris. Leandro, que deu entrada no Hospital Geral do Estado, não estava na manifestação, mas o local onde estava, em frente à sede da SET, foi invadido por manifestantes que tentavam se proteger. De acordo com funcionários do HGE, apenas cinco pessoas deram entrada no hospital por causa das manifestações, mas eles não revelaram em que estado se encontravam.
Já o 5º Centro, nos Barris, viveu momentos de pânico. Quando o protesto chegou nas proximidades do local, os policiais dispararam bombas de gás lacrimogêneo e os pacientes que estavam na ala de internação tiveram que ser retirados às pressas para os quartos. Funcionários que não quiseram confirmaram que dez pessoas foram atendidas com falta de ar, intoxicação, ardência nos olhos e nariz, além de um caso de desmaio.
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