Por estarem
sofrendo constantes assaltos no centro de Feira de Santana, motoristas e
cobradores da empresa Princesinha e 18 de Setembro realizaram uma manifestação
e paralisaram os serviços na tarde desta segunda-feira (28) no Terminal Central
da cidade.
De acordo
com os profissionais, eles se mobilizaram para reivindicar dos patrões e das
autoridades, mais segurança para a categoria, já que alguns deles foram
assaltados por um homem, que age armado com uma faca. O fato vem acontecendo há
cerca de 20 dias, próximo ao Transbordo Central. De acordo com alguns
motoristas, o valor levado pelo assaltante é pago pelos próprios
cobradores.
“Esse
meliante age na área mais centralizada da cidade, na região da rodoviária, da
avenida J.J. Seabra e do bairro Sobradinho. Ele está agindo e ninguém
toma nenhuma providência. A gente só pede segurança para trabalhar”, afirmou um
motorista, que não quis se identificar. Ele contou ainda que o assaltante age
quando os motoristas param o veículo para o embarque e desembarque de
passageiros.
“Ele se
aproxima da porta dianteira, e do degrau mesmo ele anuncia o assalto mostrando
uma faca. Ele vai com a faca em direção do motorista ou do cobrador e pede
dinheiro, relógio e celular. Isso vem acontecendo entre as 19 e as 22 horas da
noite, mas essa semana ele começou a agir durante o dia”, relatou.
O Capitão
Dijomar, que é um dos responsáveis pelo policiamento no centro da cidade,
afirmou que só no ano de 2012 realizou 292 intervenções em transportes
coletivos com abordagens. Ele esteve no local para conversar com a comissão de
motoristas e representantes da classe de transporte coletivo para tentar chegar
a uma solução.
“A minha
proposta foi para criarmos uma comissão e ir até o CPRL (Comando de
Policiamento Regional Leste) para conversamos com o comando da Polícia Militar.
Assim tentaremos traçar um plano para melhorar esse policiamento ostensivo
direcionado ao transporte coletivo”, afirmou.
O diretor
do sindicato dos rodoviários, Antônio Carlos Lima, disse que já estava previsto
um levantamento para posteriormente chamar a polícia para tentar resolver a
questão, mas afirmou que os trabalhadores não aguentaram esperar e realizam a
paralisação.
“O
trabalhador está em pânico e não aguentou. Eles estão vivendo com uma faca no
pescoço. A Polícia conhece o caso, porque todas as queixas estão sendo
registradas. Os motoristas pararam pedindo segurança de vida para eles e estão
corretos. Pedimos que a polícia faça uma investigação, porque um bandido só com
uma faca está fazendo um alarme desse na cidade”, declarou.
Antônio
Carlos confirmou a informação que os cobradores estavam pagando o valor levado
pelo assaltante, através de vales que eram descontados do salário. Ele afirmou
que esses vales foram rasgados, como uma das condições para a liberação dos
ônibus. A paralisação durou cerca de 2 horas.
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