Ação da polícia
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A Polícia Civil de Feira de Santana vem intensificando as ações em residenciais do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Segundo denúncias anônimas, alguns imóveis estão sendo usados como ponto de tráfico de drogas e moradia para envolvidos em homicídios na cidade.
A situação tem preocupado moradores e fazendo até mesmo com que famílias abandonem as casas. De acordo com o coordenador Regional de Polícia, delegado João Rodrigo Uzzum, denúncias relatam que marginais expulsaram famílias para implantar ponto de drogas.
Uma das ações ocorreu, após denúncias, por volta de 9h desta quarta-feira (6), no bloco 10, apartamento 204, do residencial Vida Nova Aviário II. Os policiais apreenderam drogas e um caderno de anotações com possíveis nomes de clientes do tráfico de entorpecentes.
Ao Acorda Cidade o delegado informou que os marginais escolhem locais privilegiados para se instalarem e pediu a colaboração da população para continuar fazendo denúncias através da Central 190 ou do número 75 3602.3544.
“A gente observa que este apartamento foi estrategicamente escolhido pelos marginais para instalar um ponto de drogas porque tem uma vista privilegiada das entradas e saídas. Eles certamente avistaram a polícia e fugiram, mas deixaram as drogas. Vamos investigar quem são estas pessoas e solicito o apoio da população, que continue colaborando, continue denunciando para auxiliar no trabalho da Polícia Civil e a Polícia Militar”, destacou.
A Polícia Civil não vai permitir mais esta prática. Esta é a segunda ação que realizamos em menos de uma semana e terão outras.
Na última quinta-feira (31) a polícia Civil realizou uma operação no mesmo residencial e foram recebidas a tiros. Os policiais reagiram e quatro acusados de envolvimento com o tráfico de drogas morreram no confronto. Eles foram identificados como Leandro Alves Figueiras, o Léo Zarpina, 34 anos, Lucas Ribeiro da Silva, 21, Caio Santos da Silva, o Taliba, 18, e um adolescente de 16 anos.
“A polícia de Feira vai combater a criminalidade em residências do Minha Casa, Minha Vida devido ao índice de homicídios registrados e denúncias de tráfico de drogas. Tivemos informações no decorrer do ano de 2015, e deste ano, que existem diversos apartamentos do Minha Casa, Minha Vida, sendo invadidos por marginais que tiram as famílias, tiram as pessoas de bem que moram ali, e instalam pontos de vendas de entorpecentes. Passamos a fazer um banco de dados destas denúncias e passamos a atuar no sentido de combater essa prática”, afirmou.
O delegado destaca que nos residenciais moram muitas famílias honestas e trabalhadores e que elas não podem conviver no mesmo ambiente que pessoas ligadas ao crime.
“É inconcebível que marginais expulsem famílias de suas residências para montar ponto de venda e entorpecentes, transformar apartamentos em esconderijos de produtos roubados e armas. A Polícia Civil está atenta a esta situação e vai atuar fortemente nestes condomínios, que estão se transformando em verdadeiros QGs (quartéis generais) do tráfico. Na medida em que foram aparecendo novas denúncias vamos tomar as devidas atitudes. O início dos trabalhos já começou e precisamos que a população nos dê apoio e confie em nosso trabalho. Na medida em que fomos tomando os conhecimentos vamos tomando as devidas atitudes, temos certeza de que estes marginais, estes covardes vão mudar de atitude, no instante em que perceberem que a polícia está atenta a sua movimentação”, concluiu o Rodrigo Uzzum.
Só neste ano cinco pessoas já foram assassinadas em residenciais do programa Minha Casa, Minha Vida, em Feira de Santana.
Informações e fotos do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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