O Torneiro de Repuxador, Deleon Vitória de
Santana, 32 anos foi preso, na tarde desta
segunda-feira (17/02), sob a suspeita de ter sequestrado e torturado, a
ex-companheira Renata
da Silva Bezerra, 26 anos, que está grávida, durante
cinco meses.
O crime ocorreu no Bairro George Américo, em Feira de
Santana. Segundo a delegada Clécia
Vasconcelos, titular da Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (DEAM), ela
foi mantida em cárcere privado de outubro de 2013 até o dia 13 de fevereiro de
2014. A prisão
foi efetuada por policiais civis da DEAM. Deleon estava na Rua Vasp, 315 B, no
bairro George Américo, local onde aconteciam as agressões.
O torneiro já havia sido preso em junho de 2013 após ameaçar a
ex-companheira de morte. "No fim do semestre, ele recebeu a liberdade
provisória e foi solto. Depois, ficou procurando ela até encontrá-la e
obrigá-la a ir até um imóvel que ele tinha alugado numa localidade onde não tem
vizinho.
A polícia afirma que, durante o período em que ela foi mantida em posse
do ex-companheiro, a vítima sofreu várias agressões, chegando a perder a visão
de um dos olhos.
"Durante esse tempo em que esteve em cativeiro, teve o cabelo
cortado com a faca, ele ateou fogo na cabeça dela, quebrou os dentes com um
martelo e introduzou um garfo em um dos olhos causando cegueira. Ele também
tentou fazer com que ele abortasse, dando chutes e murros na barriga",
acrescenta a delegada Clécia Vasconcelos. A vítima engravidou de um outro
homem durante a prisão do suspeito.
De acordo com a delegada, as agressões teriam ocorrido como represália
pela prisão do suspeito em junho de 2013. "Ele dizia que ela ia
pagar pelo mal que fez a ele", conta Clécia Vasconcelos. Após escapar do
cativeiro, a vítima procurou a polícia, que retornou ao local e prendeu o
homem. Ele irá responder pelos crimes de tortura e cárcere privado.
“Ele ainda quebrou vários dentes da
ex-companheira com socos e com o uso de um alicate, abusava sexualmente todos
os dias. Nunca vi uma situação dessa. Fiquei chocada e não consegui dormir”,
contou a delegada.
Ainda de acordo com a polícia, familiares notaram o sumiço da jovem e ao entrar
em contato com o acusado, ele obrigava a vítima a falar que estava bem.
Finalmente, na última quinta-feira (13), Renata conseguiu escapar e pediu
abrigo a uma amiga.
A mulher foi encaminhada para um hospital, de onde já teve alta médica.
A delegada afirma que ela não chegou a perder o bebê. "Ela está muito
abalada psiciologicamente. Fiquei estarrecida com o caso. Nunca vi algo assim.
Ela tem o rosto todo cortado, um olho cego. Mas a lesão psicológica é a mais
difícil", conta a delegada.
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