O
laudo realizado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) confirmou que houve
violência sexual contra as duas adolescentes que acusaram nove
integrantes da banda de pagode New Hit de estupro. Apesar de finalizado
na sexta-feira (31), o resultado do laudo só foi divulgado nesta segunda (3)
pelo delegado titular de Ruy Barbosa Marcelo Cavalcanti.
Também nesta segunda-feira (3), antes mesmo da divulgação do resultado do laudo, a justiça baiana negou o pedido de relaxamento da prisão dos integrantes da banda, que continuam custodiados no presídio de Feira de Santana. Agora, o delegado aguarda o resultado da perícia nas roupas que as jovens usavam durante o estupro para dar continuidade ao inquérito. Em entrevista ao Bahia Meio Dia, ele disse que outras pessoas relacionadas ao fato serão ouvidas ao longo desta semana.
Os nove músicos, além de um policial militar que teria dado cobertura para o crime, estão presos desde o dia 26. As duas jovens, de 16 anos, acusaram os músicos de estupro após um show na cidade de Ruy Barbosa, na Chapada Diamantina no último dia 16 de agosto. Elas contaram que após o fim do show foram ao ônibus da banda pedir autógrafos e acabaram sendo violentadas no banheiro do veículo.
Os músicos foram transferidos para o Presídio Regional de Feira de Santana por volta das 7h30 desta sexta-feira (31). Já o policial militar Carlos Frederico Santos de Aragão foi transferido para a Coordenadoria de Custódia Provisória (CCP) da PM, localizada no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Ele deve responder a um inquérito administrativo pela participação no caso, e por estar trabalhando como segurança da banda.
Também nesta segunda-feira (3), antes mesmo da divulgação do resultado do laudo, a justiça baiana negou o pedido de relaxamento da prisão dos integrantes da banda, que continuam custodiados no presídio de Feira de Santana. Agora, o delegado aguarda o resultado da perícia nas roupas que as jovens usavam durante o estupro para dar continuidade ao inquérito. Em entrevista ao Bahia Meio Dia, ele disse que outras pessoas relacionadas ao fato serão ouvidas ao longo desta semana.
Os nove músicos, além de um policial militar que teria dado cobertura para o crime, estão presos desde o dia 26. As duas jovens, de 16 anos, acusaram os músicos de estupro após um show na cidade de Ruy Barbosa, na Chapada Diamantina no último dia 16 de agosto. Elas contaram que após o fim do show foram ao ônibus da banda pedir autógrafos e acabaram sendo violentadas no banheiro do veículo.
Os músicos foram transferidos para o Presídio Regional de Feira de Santana por volta das 7h30 desta sexta-feira (31). Já o policial militar Carlos Frederico Santos de Aragão foi transferido para a Coordenadoria de Custódia Provisória (CCP) da PM, localizada no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Ele deve responder a um inquérito administrativo pela participação no caso, e por estar trabalhando como segurança da banda.
Segundo a polícia, o soldado impediu a entrada de outras fãs no ônibus enquanto os músicos de pagode realizavam o abuso. "Elas ficaram sujas com o material genético dos integrantes da banda e disseram que não houve o uso de preservativos durante o abuso", descreveu o delegado Marcelo Cavalcanti.
"Enquanto
eles abusavam das adolescentes [uma das delas ainda seria virgem], o policial
ficava na porta do ônibus impedindo que outras pessoas vissem o que estava
acontecendo lá dentro, segundo relato das vítimas", relatou ao Correio o
titular.
Estupro no banheiro do
ônibus
As adolescentes contaram para uma amiga sobre o crime. Ela levou as jovens para a sede da Polícia Militar (PM) da cidade para denunciar a violência sexual. As vítimas, que moraram em Itaberaba, foram submetidas a exame de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana.
Em depoimento, os acusados negaram ter praticado o crime. "Eles disseram que houve a relação com as jovens mas foi consensual" contou o titular. Os integrantes da banda estão sendo acompanhados por um advogado e permanecem na carceragem da delegacia à disposição da Justiça.
Adolescentes sofrem ameaças
Em depoimento à polícia, familiares das duas adolescentes que acusaram os integrantes da Banda New Hit de estupro afirmaram que as garotas estão sofrendo ameaças. “Segundo as mães, as meninas estão sendo ameaçadas por telefone. Estão assustadas”, diz a coordenadora de Polícia Civil de Itaberaba, delegada Maria Clécia.
Também segundo os depoimentos, irmãos e primos das meninas não estão indo à escola, em Ruy Barbosa, onde teria ocorrido o abuso após um show da banda na noite de sábado. O advogado Kleber Andrade, que representa os músicos, pediu o relaxamento da prisão ou liberdade provisória dos nove integrantes do grupo, o que ainda não ocorreu.
Na tarde da terça (28), os pais do cantor Dudu, vocalista da New Hit, estiveram na delegacia de Ruy Barbosa para ver o filho, assim como os familiares dos outros oito integrantes do grupo.
"Menino do bem"
A mãe de Dudu declarou que não acredita que o filho tenha estuprado duas adolescentes que acusam o grupo pelo abuso. "Meu filho é um menino do bem, não precisa disso, é de boa família, tem índole, não tem perfil de fazer um tipo de coisa dessa", declarou Tânia Santana à TV Bahia.
A conselheira tutelar Marilda Boaventura disse que as adolescentes estão sendo
acompanhadas por especialistas. "Está tendo acompanhamento com psicólogo,
inclusive eu conversei com a mãe de cada uma, orientamos isso", disse. As
jovens estão na casa de familiares em Itaberaba.
Dois
grupos com opiniões contrárias em relação à denúncia de estupro cometido por
integrantes da banda New Hit no último domingo realizaram um protesto
na frente do Shopping Iguatemi, em Salvador, na tarde do sábado (1º).
O
grupo que protestou contra os integrantes da banda é liderado pelo coletivo
denominado Marcha das Vadias, que também realiza outras mobilizações na capital
baiana em defesa da mulher e contra a violência sexual.
Já
os manifestantes favoráveis aos integrantes da New Hit, que visualmente estavam
em mesmo número que os contrários ao grupo, com cerca de 20 pessoas, era
composto por fã-clubes e acreditava na inocência dos artistas.
Em
razão da pequena quantidade de participantes, os protestos, que duraram cerca
de 2 horas, não interferiram no trânsito, de acordo com a Superintendência de
Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador).
Nenhum comentário:
Postar um comentário