A estudante acusada de matar a colega de turma com um golpe de estilete no pescoço, em São Gonçalo dos Campos, prestou depoimento na delegacia da cidade na manhã dessa segunda-feira (12/09).
Ana Cláudia Conceição dos Santos, 19 anos, estava foragida desde o crime ocorrido no último dia 5 e foi presa na noite de sábado (10), na casa da mãe dela, após uma denúncia anônima.
De acordo com o delegado Jean Souza, a jovem disse que não teve a intenção de matar a colega e que o golpe seria aplicado no braço para se defender, uma vez que, a vítima Suele Oliveira Cerqueira, 17, estava acompanhada das amigas e ela estava sozinha.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Ana Cláudia informou que a briga foi motivada por intrigas e fofocas e que ela está arrependida do que fez. Segundo a acusada, ela estava assistindo aula quando as amigas da vítima disseram: Lá fora a gente resolve”.
Após o crime a estudante disse que ficou muito aflita. “Eu fiquei desesperada sem saber o que fazer porque eu cortei para me defender. Estou arrependida. Nunca pensei que fosse fazer uma coisa dessas”, lamentou.
Ana Cláudia disse ainda que ficou sabendo da morte da colega pelo rádio e que é comum os estudantes levarem estilete para escola com a finalidade de apontar o lápis.
O delegado informou que tanto a acusada como a vítima portava o mesmo instrumento cortante e que Ana Cláudia será imediatamente punida para que delitos como esses não voltem a se repetir.
Na entrevista a jovem pediu perdão a família da vítima e disse que vai cumprir o que a Justiça determinar.
“Peço perdão a família dela porque não queria matar e sim me defender. Vou pagar cumprindo a justiça e um dia sair para cuidar da minha filha de um ano e cinco meses”, declarou emocionada lembrando que as duas andavam juntas na escola.
Ana Cláudia afirmou que a feriu apenas com um golpe no pescoço e que ninguém a incentivou a praticar o crime.
Ela deverá ser encaminhada para o Conjunto Penal de Feira de Santana. Segundo o delegado, será feita a conversão da prisão temporária em prisão preventiva e ela responderá por crime doloso. A jovem pode cumprir de 12 a 20 anos de detenção. "Caso comprove que houve legítima defesa, ela pode ser afastada da culpa", explicou o delegado.
As investigações concluiram, segundo Jean Souza, que não há outros envolvidos na morte da garota e que as quatro testemunhas ouvidas tinham ligação direta com Suele.
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